sábado, 23 de setembro de 2017

Como tirar o Brasil da situação atual?

O Brasil entrou em meio ao caos político após a ruptura institucional que levou Michel Temer ao poder. As instituições começaram a brigar entre si por espaços de poder e não há perspectiva para um fortalecimento da república. O que fazer para mudar esse cenário que tem levado o país a piorar os seus índices sociais e econômicos?


Uma ruptura institucional em um governo presidencialista sempre traz como consequência um grande trauma social, haja vista que, nesse modelo o Impeachment é previsto na Constituição em situações muito específicas com o objetivo de que não ocorra de forma frequente ou sem uma justificativa plausível. 

Portanto, era previsível para todos aqueles políticos que se dizem representantes do povo que o Impeachment naquele momento geraria problemas sociais e econômicos para o país em larga escala e traria o enfraquecimento das nossas instituições tanto políticas, quanto jurídicas. Enfim, era uma ação totalmente irresponsável para com o país e a sua população, seja ela a alienada pela mídia que queria a derrubada da presidente e consequentemente da jovem democracia brasileira, quanto aqueles que lutavam pela manutenção da democracia.

Os nossos políticos tanto da Câmara Nacional quanto do Senado resolveram fazer o Brasil pagar o preço de acabar com a sua democracia para abastecer os bancos, grandes empresários e jogar a conta da crise internacional para os mais pobres, elevando logo após a crise política, fortemente, os índices de desemprego, da pobreza e de violência do país. 

O cenário que temos hoje é de falta de perspectiva por parte da população que é alienada diariamente pelos grandes meios de comunicação que visa criminalizar exatamente aqueles que lutam pelos direitos da maioria em detrimento daqueles que lutam para uma pequena minoria de milionários. Como se explica o Lula hoje ser investigado e massacrado pelas mídias diariamente e Aécio estar desaparecido das manchetes ainda com o mandato de senador?

Assim o Brasil caminho rumo a um caos político após a segunda denúncia contra o presidente por crime praticado no exercício do mandato. A primeira denúncia mesmo com provas em imagem e gravações de recebimento de propinas por parte do presidente foi arquivada pela nossa Câmara dos Deputados. Como pudemos chegar a essa situação?

A resposta está na apolítica. As mídias tentaram criminalizar a política e os políticos durante anos, tentando demonstrar que todos eles são iguais para a população. A grande maioria é mesmo igual e está lá para representar os seus interesses e o dos grandes empresários, mas uma pequena minoria luta pelos direitos populares e trabalhistas e essa pequena minoria poderia se tornar maioria se o povo tivesse a possibilidade de saber quem são. 

Como a mídia criminaliza todos o tempo todo, na concepção do povo todos os políticos são iguais, portanto, quem o eleitor coloque para o representar os resultados serão os mesmos. Esse é o maior erro que uma sociedade pode cometer. Uma vez que você não acredita na política, você não acompanha o que fazem os seus representantes e continua elegendo de forma direta, através do seu voto, ou indiretamente, sem votar, já que outros estão votando por você quando você eleitor vota branco ou nulo, aqueles que dominam o nosso cenário político. Por esse motivo a mudança de figuras do nosso congresso é mínima. Se eles não nos representam porque ficam lá eternamente? Exatamente devido a apolítica. 

Se os brasileiros entendessem a importância que tem o nosso Congresso, que ele quem define o nosso orçamento anual, ou seja, o quanto será disponibilizado para os hospitais, para as escolas, para a assistência social, entre outros, entendesse que o Congresso é que cria as leis do país, entendesse que o Congresso define boa parte do futuro da nossa nação, talvez não teríamos um Congresso de tão baixa representação popular como temos atualmente e não estaríamos no caos em que encontramos hoje. 

O que fazer para mudar esse cenário? O cenário hoje deveria estar muito claro, se não fosse o papel das mídias e da justiça que tenta criminalizar aqueles que defendem os interesses das classes trabalhadoras. Quem mais fez pelos trabalhadores na história desse país até hoje? Quem mais tirou pessoas da pobreza extrema até hoje? Quem mais criou empregos na história do Brasil até hoje? Não preciso responder pois certamente você já sabe é aquele que é criminalizado insistentemente pela mídia corporativa e burguesa do nosso país. 

Cabe ao povo entender que a mídia é contra os seus interesses, que tudo que a mídia quer é ver os pobres cada vez mais pobres e a classe média e rica mantendo os seus privilégios. Após entender isso, cabe ao povo começar a buscar mais informações sobre os políticos e os partidos políticos no congresso, quem são aqueles que estão lutando pela moralidade da política? Quem são os que estão lutando pelos direitos trabalhistas? Quem são os que estão lutando pelos direitos sociais? E começar a votar nessas pessoas e partidos para que esses tenham mais espaço no nosso congresso nacional.

Apenas com mais espaço teremos condições de reduzir a participação daqueles que defendem a corrupção a luz do dia e na frente de todos. Aqueles que não deixam que um presidente sem legitimidade seja investigado por um crime com provas. Aqueles que só querem os benefícios dos políticos e dos mais ricos perdoando dívidas bilionárias desses grupos para que o povo pague a conta. Aqueles que querem ver o trabalhador almoçando em meia hora e tendo descontados de seus salários os horários de café e de troca de uniforme.

Quando o povo começar a sair da apolítica para a política, poderemos sim mudar os rumos desse país para melhor, caso contrário, estamos condenados a sermos governados por uma maioria de corruptos antipovo. Votar nesses grupos de apoio a Michel Temer é votar contra você mesmo, a não ser que seja milionário ou grande empresário. E não votar significa o mesmo, já que eles compram votos e são eleitos por sua omissão. Pense nisso!

Anderson Silva

Leia mais em: A IMPORTÂNCIA DO VOTO

Nenhum comentário :

Postar um comentário