Cinquenta tons de Temer
Frase de Guilherme Boulos foi uma das mais destacadas no twitter. Na sua visão, a grande maioria dos candidatos a presidência do Brasil representam a continuidade do governo Temer.
Guilherme Boulos do PSOL citou em meio as suas falas no debate da Band que os candidatos participantes do debate representam os 50 tons de Temer. O presidenciável foi um dos destaques do debate que contou também com a participação dos candidatos Alvaro Dias (Podemos), Cabo Daciolo (Patriota), Ciro Gomes (PDT), Geraldo Alckmin (PSDB), Henrique Meireles (MDB), Jair Bolsonaro (PSL) e Marina Silva (Rede).
E o candidato, em certa medida, tem razão em sua afirmação. Entre os candidatos participantes do debate, a maioria tem os seus partidos na base aliada de Temer aprovando projetos importantes para o governo, mas muito criticados pela população, como a Terceirização Irrestrita, a Reforma Trabalhista, e a PEC 95 que congelou os gastos públicos pelos próximos 20 anos, que já tem trazido como principal consequência a impossibilidade dos Estados de honrar com o pagamento dos seus servidores, problema esse que só tende a ser agravado com o passar dos anos.

Entre os partidos dos presidenciáveis que não apoiaram as propostas de Temer e que não fazem parte da base aliada do governo, estavam Ciro Gomes do PDT, Guilherme Boulos do PSOL, que foi um dos partidos que menos votaram a favor dos projetos de Temer na Câmara dos deputados, o que o coloca como um dos principais opositores ao governo rejeitado por mais de 95% da população e Marina Silva da Rede.
Outro partido que foi critico e contrário as ações de Temer na presidência foi o PT que não teve participantes no debate realizado pela Band pelo fato de seu candidato a presidência estar preso. O PT tentou entrar com mandatos de segurança para que Lula pudesse participar dos debates ou que o seu vice Fernando Haddad pudesse o representar, mas os pedidos foram negados pela justiça e pela emissora de televisão.

O modelo de debate exclusivo do PT para apresentação do programa de governo atingindo o público expressivo pelas redes sociais, talvez tenha sido mais interessante tanto para o partido em sua campanha eleitoral quanto para os seus telespectadores do que o próprio debate da Band que foi disperso e morno na maior parte do tempo.
O fato de Lula, o candidato com quase 60% das intenções de votos não ter participado e não ter tido um representante, certamente contribuiu para que o debate fosse desinteressante para boa parte do público. Como candidato, segundo as leis do país, Lula deveria ter direito a todas as prerrogativas dos demais candidatos, já que ainda tem instâncias judiciais para recorrer, entretanto, todos os seus pedidos de participação do debate, inclusive, por videoconferência foram negados pela justiça, o que corrobora com a versão dada pelo Partido dos Trabalhadores de que Lula é um preso político e está sendo perseguido pela justiça, que já permitiu entrevista de vários políticos presos, como Eduardo Cunha por exemplo, mas não permite nenhuma entrevista com Lula, candidato a presidente com possibilidades reais de vitória em primeiro turno.
Anderson Silva
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