Carta dos Técnicos Administrativos em Educação da UFVJM
Campus do Mucuri sobre as propostas do Governo Temer para os serviços públicos e suas implicações
Carta Aberta à Comunidade
Nós, Técnicos Administrativos em Educação, vemos com muita preocupação
o cenário político do Brasil e a postura que o atual governo tem
adotado. Suas propostas são, em todas as instâncias, de retirada dos
direitos sociais e dos direitos dos trabalhadores, visando a vantagens e
melhorias para o empresariado e os recebedores dos títulos da dívida
pública.
Entre
as maiores preocupações das classes trabalhadoras e populares estão
os projetos voltados para a redução de investimentos públicos em
educação, saúde, assistência social e previdência, elencados,
principalmente, no PLP 257/2016 e na PEC 241/2016, que, na prática,
impõem limites aos gastos públicos para todos os níveis da
federação, com reposição apenas da inflação do ano anterior.
Em
todos os anos anteriores, os recursos destinados à educação foram
superiores ao definido na proposta. Para se ter ideia, se esses
projetos tivessem sido aprovados em 2001, no ano passado, ao invés
de termos um orçamento para a educação de 75,6 bilhões, teríamos
um orçamento em torno de 30 bilhões, segundo a (ANDES). Esses
valores de investimentos impossibilitariam a criação das novas
Universidades e Institutos Federais de Educação que melhoraram a
qualidade no ensino de todas as regiões do Brasil.
Os
cortes desses investimentos certamente trarão impactos substanciais
para as Universidades e Instituições de Ensino Público, reduzindo
programas de auxílio, recursos para a assistência estudantil, para
investimentos em laboratórios, construção de novos prédios, entre outras ações que necessitam de recursos para manter o seu
funcionamento, colocando em risco a continuidade dos estudos. Esses
Projetos preveem também cortes na contratação, ou seja,
impossibilidade de abertura de novos concursos e congelamento
salarial dos servidores das instituições públicas. À medida que o
processo de contratação fica suspenso, há um impacto direto na
qualidade dos serviços prestados pelas instituições, ocasionando
prejuízos aos usuários.
Em
síntese, o governo pretende precarizar ao máximo os serviços
públicos com a intenção de terceirizar e privatizar. Dessa forma,
permite que as instituições privadas de ensino ligadas
ao seu governo ocupem uma grande fatia do mercado. Entretanto,
sabemos que não são todos os que possuem condições de pagar por
esses serviços privados, em um país tão desigual quanto o nosso,
assim, grande parcela da sociedade terá parte dos seus direitos
retirada, aumentando as desigualdades sociais.
Acreditamos
que é de suma importância que a sociedade, de forma geral, esteja
ciente das políticas propostas por esse novo governo.
Por
isso, a nossa luta é contra esses retrocessos! Lutamos por melhores
condições de trabalho, por um orçamento que atenda às
necessidades da educação, saúde, assistência social, segurança e
demais áreas do serviço público, de forma que possam ser bem
prestados à população, garantindo à sociedade cidadania, justiça
social, igualdade de oportunidades e serviços.
Os
atos que realizamos hoje certamente refletirão no nosso futuro e no
futuro da sociedade brasileira!
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